Art. 5°, IV: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. CF/88

25 de maio de 2011

Primeiro Capítulo - Parte UM

Vai, encara a vida como uma novela. Ou uma peça de teatro, ou filme. Tá, novela é mais convincente, principalmente se for daquelas mexicanas, com tramas inocentes e de arrancar suspiros. E daí que a dublagem fica ridícula, é mero detalhe. Talvez sua chegada na minha vida, tenha se inspirado em alguma dessas que passam na tv. Está mais pra não ? Não tem nada de coincidências, surpresas e emoções a flor da pele. Foi normal. Aos poucos conversando, aos poucos se aproximando, logo eu que nem tinha ido com sua cara a primeira vez que te vi, logo eu que confio tanto no meu santo, e ele não tinha 'batido' com o seu. Tá bom, muita coisa em comum; você até que é bonitinho, mas tem namorada; o que não impede de me arrancar sorrisos quando estou sozinha; lembrando de você. Vai, outro mero detalhe você ser comprometido. Também não me impede de imaginar como seria nós, se um dia chegasse a nós. Mas aí, vai que um dia seu namoro acabe, e longe de mim desejar isso pra você. Trágico fim pra uma novela, ou filme. Mas acabou, bem força do destino. E a gente se aproximando como lados opostos do ímã, como o verde e amarelo da bandeira, como o feijão com o arroz, ou o branco e o preto da música da Ivete Sangalo. Só que ainda há algo no meio desse campo eletromagnético, da bandeira, ou algum ruído na música. Talvez esse branco e esse preto não dêem cinza mesmo. Mas porque nunca acontece comigo? Pareço (com todo o respeito) o Rubinho Barrichelo, corro, corro, mas quando é pra cruzar a linha de chegada, o lugar no pódium não costuma ser meu. Talvez você quisesse apenas amizade mesmo; mas não era apenas isso que eu também queria? Quem disse que não? Talvez eu me agarre à todas as pontas de afinidades quando elas me aparecem. Talvez eu ainda exale pelos póros aquilo de "não quero amar ninguém". Será que isso ainda está em mim? Você poderia me dizer? E o que fazer com meu horário da faculdade, quando o que sei é apenas olhar quais dias você vem assistir aula na minha sala, e vem sentar do meu lado, me fazendo rir da sua risada e me aquecendo sem querer com seu braço, quando divido com você meu vade mecum. Dividiremos mais o que? Além de alguns finais de semana como bons amigos, e muita conversa, e muito em comum. Isso me cheira a papel de amiga-apaixonada. Na vida todos interpretamos papéis, aqueles que nos cabem. Mas sabe? Esse papel eu não quero não. A novela está pra estreiar, e você tem que se decidir. Como diretor tem que dizer quando começam as primeiras cenas, e quem vai ser a mocinha da sua história. E não demora.


E não me deixa pra depois, que te deixo pra nunca mais.

Esse mar é meu.

Esse poema, guardado na minha caixa de 'recordações', está todo amassado, escrito à lápis. Escrito à lápis e extremamente claro, pois tive medo que a tonalidade da caneta, desse ainda mais vida ao que está escrito, escrevi na clandestinidade mesmo, fugindo de mim. Amassado pois rasguei do meu caderno, e embolei na frente de uma amiga fingindo não me importar, mas por dentro rezei fervorosamente para que ninguém tivesse jogado fora, quando mais tarde eu voltei na sala procurando esse pedacinho de papel pelo chão.





Esse mar é meu






Eu não quero mais amar


E que me perdoe as mães que choraram


Os filhos que em vão rezaram


As noivas deixadas ao altar


Mas minhas lágrimas, essas sim, sozinhas compõe o
mar!





E quer saber? Eu me odeio por não conseguir te odiar


Por mais que eu tente, meus pensamentos sempre conseguem
escapar


E eles fogem! Fogem pra longe... Em vão eles tentam te
encontrar.



(para melhor compreensão, ler: Mar Português - Fernando Pessoa)

11 de maio de 2011

Dia das Mães!

"Você é minha saudade constante, minha força ainda que distante. Você é o meu amor.."



(eu sou o nenem no colinho!)



Sexta feira, faltam dois dias para o dia das mães! Estou no ponto de ônibus e vejo muitas crianças voltando da escola, com aquelas lembrancinhas que os professores constumam nos pedir pra fazer para dar as nossas mães. E isso me faz lembrar da minha infância, e da minha mãe me levando pra escola quando pequena. Me segura pela mão, e me pergunta: Você ama a mamãe? E fico ali por instantes, relembrando nossa vida juntas. Como fomos felizes. E isso me faz pensar, a melhor coisa que Deus pode nos dar é Mãe, e eu agradeço tanto pela minha. Minha mãe é tão linda, sua força é tão admirável, sua preocupação comigo, seu estresse (rss), seu jeito. Meu ponto de equilíbrio, com ela eu me sinto segura, ainda que estivesse no Iraque! Faz o que pode pra me ver feliz, o que mais ninguém faz (até fugir comigo, ?). É Mãe, mais um dia das mães que passo longe de você. Mas longe apenas do abraço, e do sorriso. Estou perto, porque sei que estou no seu coração. E você também está no meu. Você é minha saudade constante. É minha força ainda que distante. Você é o meu amor. E não vou repetir aquelas frases clichês de que agora eu entendo que tudo o que você fez foi pelo meu bem, porque isso sempre esteve evidente pra mim. E tudo o que eu me tornei, e tudo o que admiram em mim, devo à você. Não existem palavras, nem músicas, tampouco poesias que alcancem a dimensão do meu sentimento por você. Sei que eu nunca estarei sozinha, sempre terei você! E eu olho pra trás e vejo, que tudo que nós passamos nos tornou mais fortes e mais unidas. Sabe, Deus me contou um segredo, disse que quando eu nascesse encontraria meu anjo aqui na Terra, e que ele me amaria incondicionalmente. E claro que ele é você. Minha vida só é completa com você. Pensar em você, me traz lembranças, me traz muita felicidade, preenche de cores o meu dia. Agora tenho que ir embora.. E me volta a cena de você me levando pra escola. Sua voz parece real do meu lado: - Você ama a mamãe? - Amo! - Muito ou pouco? - MUITO!


Música para ouvir enquanto lê: www.youtube.com/watch?v=41-oA7HLonY

5 de maio de 2011

A vida também se faz assim

Minhas instântaneidades me completam! Ah, completam sim. Uma lembrança que me arranque um sorriso tímido, em uma das minhas manhãs caóticas, escondida atrás de uma pilha de processos. Ter histórias para contar, e relembrar e relembrar. As recordações materiais que ainda tenho guardadas, que ao tocá-las me fazem reviver os bons momentos, demonstram pra mim que as almas não se encontram por acaso. Nem o acaso vem por acaso. Algumas mensagens na minha caixa de entrada que ainda não foram apagadas, algumas fotos, datas, os pensamentos que me saltam no meio de qualquer hora de um dia comum. Me fazem feliz. Nascemos completos, nascemos sozinhos, e assim continuará. Mas precisamos das pessoas, para construir o que levaremos daqui. Talvez seja um pouco de exagero todo o coração sempre pulsar por um amor, ou não pulsar mas sofrer por algum que não deu certo. Eu sou pessoa de infinito. Sempre. Se pudesse as pessoas não passariam por mim, elas permaneceriam. Escolha delas, ou não. Escolha do destino, talvez. Ainda que passem, sempre deixam, e eu guardo o que ficou. Aprendi a brincar com o momentaneo, aprendi a aceitá-lo, aprendi a ser feliz com ele. Caminho pela cidade, e uma esquina, ou um lugar, o banco da praça da matriz, aquele barzinho, chovem felicidade pra mim. Chovem momentos bons. E sou feliz por ter os vivido! As instantaneidades me preenchem. Até quando o que for pra ficar chegar..