Art. 5°, IV: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. CF/88

25 de maio de 2011

Esse mar é meu.

Esse poema, guardado na minha caixa de 'recordações', está todo amassado, escrito à lápis. Escrito à lápis e extremamente claro, pois tive medo que a tonalidade da caneta, desse ainda mais vida ao que está escrito, escrevi na clandestinidade mesmo, fugindo de mim. Amassado pois rasguei do meu caderno, e embolei na frente de uma amiga fingindo não me importar, mas por dentro rezei fervorosamente para que ninguém tivesse jogado fora, quando mais tarde eu voltei na sala procurando esse pedacinho de papel pelo chão.





Esse mar é meu






Eu não quero mais amar


E que me perdoe as mães que choraram


Os filhos que em vão rezaram


As noivas deixadas ao altar


Mas minhas lágrimas, essas sim, sozinhas compõe o
mar!





E quer saber? Eu me odeio por não conseguir te odiar


Por mais que eu tente, meus pensamentos sempre conseguem
escapar


E eles fogem! Fogem pra longe... Em vão eles tentam te
encontrar.



(para melhor compreensão, ler: Mar Português - Fernando Pessoa)

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