Você não é meu dia definitivamente. Setembro já se iniciou, após agosto e seus ventos. Esse ano pensava eu a sorte ter mudado. Estava tudo tão diferente nessa mesma data, há dois anos atrás. Naquele velho seis de setembro o mundo desabou sobre mim, mesmo já prevendo o que estava por vir. O pior veio, talvez não da pior maneira, mas veio. Meus sonhos desfeitos, meus sentimentos jogados ao léu. Dois anos. Pensei de verdade que seria diferente, e estava mesmo sendo diferente. Agora era eu quem dava as cartas, estava por cima, feliz. Tinha tudo nas minhas mãos, a escolha estava comigo. Sem saber ao certo onde ir, com quem ir, decidi pelo novo, o que estava se fortalecendo. Mas o que o destino me reservava, seria algo comparável ao antigo seis de setembro. Porque teve que ser assim? Porque você guardou isso por tanto tempo só pra você? Como você pode. Eu preferi você, eu escolhi você. Aquele 'sim' me soou dor, forte, desabou. Me senti traida, enganada, a última pessoa. E sei que não sou, me esforcei por tudo aquilo, mas tudo fugiu ao controle. Absolutamente. O que estava fazendo ali, com aquelas pessoas. Esse não é meu lugar. Essa não sou eu. Mas a dor me retomou a consciência, me acordou pra quem fui, quem sou, dos meus limites. Foi aprendizado, duro eu sei, mas aprendi. Foi tudo em seis de setembro, fim do desgosto. Que fique tudo pra trás, junto com os ventos de agosto.
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