
Alice, Alice. Mulher, menina que não quis crescer. Quente nos sentimentos, frio pra demonstrar. Chuva, faz das gotas tempestade. Alegria encarnada, drama e exagero. Quando diz que ama, ama. Quer abraçar o mundo, amar loucamente, viver em vários lugares ao mesmo tempo. Quer adrenalina, lágrima, frio na barriga todo o tempo. Deseja voar, brincar, sonhar. Encara a vida como um carrossel, alto, baixo, gira. Seu país de maravilhas, comandado por seus sentimentos e desejos mais secretos. BEBA-ME, sem medo. Não Alice, NÃO! E então ela mergulha, no mundo inexplorado, sentimentos e situações, mistério e medo. O coelho branco passa pressa, seu tempo está passando Alice. -Estou atrasado! Estou atrasado! E ela quer fazer tudo o que pode, em curto espaço de tempo. Não quer sair do seu país, o país das maravilhas, não quer crescer. Crescer não dói, querida Alice. Encontre a chave, faça a travessia, volte para o mundo. Alice quer ficar, acha que o tempo não passou nem pro coelho branco. Passou, mudou, acabou. Vai, voe, feche a porta e tranque-a bem. Seu país de maravilhas vai te esperar pra quando puder voltar. Me encontrei, Alice sou eu.