Art. 5°, IV: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. CF/88

26 de maio de 2010

Preciso de óculos!

Há poucos dias atrás, senti uma certa dificuldade em enxergar o que estava escrito no quadro da sala. Coisas meio embaralhadas, olhinhos cansados. Resolvi marcar uma consulta no tão temido oftamologista. Procuro o tal do consultório e não acho nem fazendo promessa, reza brava e muito menos dando três pulinhos pra São Longuinho. Após um bom tempo embaixo do sol quente, e com a paciência quase no fim descubro que já tinha passado na porta da tal clínica, umas duas vezes. Mas vamos pensar juntos, se é uma "clínica dos olhos", com oftamologistas, acho que a placa deveria no mínimo ser um pouco mais chamativa que o normal. Antes mesmo de consultar, o paciente já tem seu diagnostico decretado. Com certeza devo ter alguma 'IA', miopia, disritmia...

25 de maio de 2010

Paradoxo




Paradoxal. Inicio meu blog com um texto sobre o fim. A idéia surgiu um dia, quando estava na casa de uma amiga “estudando” para as provas bimestrais, resolvo dar uma olhada no twitter. Leio a frase: “ Porque será que temos tanto medo do fim?”. Porque? Tudo realmente tem fim, chega ao fim? Pra mim é bastante difícil aceitar o fim; os bons sentimentos, as coisas boas e as pessoas marcantes deveriam ser eternas. Aquela comida favorita, o cheiro, a casa da avó, a infância, aquele amigo, aquele amor. Todo mundo sempre tem aquela pessoa que já foi sua melhor amiga, mas que hoje nem se sequer conversa, ou que troca apenas aquele seco ‘oi’. Todo mundo tem aquela pessoa que um dia ousou declarar que era a pessoa da sua vida, que queria se casar e ser feliz pra sempre, mas e aí? Tem os hábitos, os livros, as músicas, as roupas, as manias, as lembranças, os sonhos, os planos, tudo acabado. O início e o fim estão interligados. Acaba hoje e inicia amanhã. Paradoxalmente vivo ainda entre o fim, e o início do começo. Não esqueci aquela velha ex amizade, aquele primeiro amor, a infância, aquela roupa, a missa dos domingos, aquele cheiro, aquele choro, aquele dia. Tudo ainda vive em mim, tudo ainda está aceso, como se o fósforo acabasse de ter sido riscado. Todos os passos, e movimentos vivos. acesos. aqui. pra sempre.